O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado de que o cenário para a esquerda é adverso nas disputas legislativas de 2026. Em 2022, mesmo com a vitória do petista, o PL, de Jair Bolsonaro, fez a maior bancada partidária na Câmara dos Deputados. O receio de dirigentes petistas é de que, em 2026, a direita faça maioria também no Senado. Por isso, auxiliares palacianos apresentaram um mapa eleitoral ao presidente, com opções de candidaturas. A recomendação é para que o presidente apoie, em cada unidade federativa, uma candidatura de esquerda e outra de centro. Assim, Lula teria a opção de fazer pelo menos um senador aliado em cada unidade federativa do país. Além disso, o petista tem sido aconselhado a dar respaldo a nomes do MDB, PSD e União Brasil, por exemplo, partidos de centro que integram a base aliada. Segundo relatos à CNN Brasil, Lula reconheceu a adversidade, mas ficou de analisar as opções eleitorais apenas depois do pleito municipal. As eleições de 2026 vão abrir espaço para a mudança de dois terços do Senado. E os partidos de direita trabalham para lançar seus nomes fortes. O PL, por exemplo, deve lançar Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Michelle Bolsonaro. Com a ilegibilidade de Bolsonaro, a estratégia é focar na eleição de senadora e conseguir margem para reivindicar a presidência da Casa Legislativa. Isso aumentaria o poder de embate com o Supremo Tribunal Federal, já que cabe ao presidente do Senado autorizar processo de impeachment de ministro da Suprema Corte